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Um filho de um ex-presidente de um clube é suspeito de pagar a jogadores, talvez em nome de outro clube, para fazerem o que deveriam fazer apenas por brio e pelo seu salário. Um diretor de futebol envolve-se numa cena de pugilato com um jogador. Um presidente fala de "fruta" e de "rebuçados" para árbitros. E uma pessoa perde a noção do que conta. Os árbitros são nomeados para jogos à vontade do freguês, entre telefonemas e almoços. Nos clubes mandam as SAD's e nas SAD's mandam os bancos. Nos clubes mandam políticos de segunda e nos políticos de primeira mandam os bancos. Nos árbitros manda quem estiver disposto a dar umas migalhas por tão pouca dignidade. E uma pessoa perde a noção do que conta. Estrelas do passado e do presente juntam-se no Estádio da Luz. Magnusson está gordo e sorri quando cai. O público grita por ele porque Magnusson é Magnusson. Zidane ainda finta com classe. Rui Costa ainda marca com a classe. Nené parece que não envelheceu. Chalana é um "replay" em "slow motion" dele próprio. Figo ainda empresta o seu nome ao que interessa. E uma pessoa volta a ter noção do que realmente conta. Apesar de todos os corruptos que, como parasitas, andam à volta do futebol. Apesar dos fanáticos que toleram os corruptos. Uma pessoa lembra-se, como quem olha para um passado cheio de boas memórias, que o futebol é mesmo isto. Não é o fim nem princípio do Mundo, apesar de poder ajudar nas tragédias do Mundo. E por isto, deste sportinguista de todos os costados, aqui vão os meus parabéns para o Benfica. Não só pelo Haiti. Porque nos lembrou que é por isto que, no meio de tanto lodo, ainda vamos ao estádio. Por nos devolver, por uma hora e meia que seja, a inocência da festa. |
Autor: DANIEL OLIVEIRA in Record |
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